entretempo | Gabi Gelli
1º de abril a 8 de maio de 2019
A Bianca Boeckel Galeria exibe “entretempo”, individual da artista visual carioca Gabi Gelli, com curadoria de Bianca Boeckel. Em sua primeira exposição em São Paulo, a artista apresenta 30 obras – fotografias, pinturas, cerâmicas, bordados, esculturas e instalações – que representam sua busca pela ressignificação, num conceito que aborda a estética do corpo, o tempo, o sentimento, a presença e a superação de experiências traumáticas.
Abertura: 30 de março de 2019, sábado, às 19h
Número de obras: 30
Técnicas: Fotografia, pintura, cerâmica, bordado, escultura e instalação
Dimensões: Variadas
RELEASE
Gabi Gelli
Arte e design em prol de um propósito comum. É a partir dessa união que a carioca de 23 anos desenvolve seus trabalhos. Formada na faculdade de Design gráfico na Puc-rio, entendeu que para ela, o design é uma ferramenta. É ideologia e pensamento para arte, sua forma mais pura e verdadeira de expressão. Atualmente como artista plástica, seu objetivo é a ressignificação.
A Bianca Boeckel Galeria exibe “entretempo”, individual da artista visual carioca Gabi Gelli, com curadoria de Bianca Boeckel. Em sua primeira exposição em São Paulo, a artista apresenta 30 obras – fotografias, pinturas, cerâmicas, bordados, esculturas e instalações – que representam sua busca pela ressignificação, num conceito que aborda a estética do corpo, o tempo, o sentimento, a presença e a superação de experiências traumáticas.
Com o mote de trabalhar em prol de um propósito comum, a arte de Gabi Gelli fala da sobrevivência, de ser mais forte que os percalços da vida e do acolhimento. Aos 16 anos de idade a artista teve de lidar com um diagnóstico difícil e a necessidade de uma cirurgia no coração. A partir desse momento, iniciou sua produção artística de maneira instintiva, e o verbo “ressignificar” passou a guiar todo este caminho. Da superação dessa experiência, surgiram as séries “Um instante para sempre” – em que fotografou cicatrizes de 21 pessoas e depois as transformou em bordados, ressignificando marcas que antes eram vistas como a parte mais feia de seus corpos em lindas obras de arte -, e “Cura”, que aborda a trajetória e superação interna do trauma, com destaque para as esculturas em cerâmica de corações simbolizando cada etapa vivenciada. Sobre a primeira série, a artista comenta: “É algo que faz parte de você. Só tem cicatriz quem está vivo e isso é lindo, a gente tem que colocar em evidência ao invés de esconder. Esses trabalhos mostram como as cicatrizes podem ser graficamente bonitas. Busco ressignificar aquela estética do corpo perfeito, sem marcas – especialmente porque uma cicatriz nunca é igual à outra, o que nos torna únicos”.
Em sua terceira série – “Mãos”, Gabi Gelli busca a ressignificação do tempo e da presença. Para obter os moldes que são usados como suporte das obras, foi preciso submergir suas mãos em gesso por alguns minutos. “No começo, me sentia angustiada por ficar com as duas mãos ali, o celular tocando, várias coisas para resolver e eu sem movimentos até o molde secar. Para mim, aquilo era um desespero – sou uma pessoa ligada no 220v, nunca imaginei ficar parada no ateliê”. Então, a artista se propôs a fazer quantas mãos fossem necessárias até atingir a calma e assimilar algo daquela experiência, e assim descobriu uma forma de meditação ativa. “Fazia um molde atrás do outro, fazia e secava, sem parar. Num dia fazia 12, no outro queria fazer 14. No começo, ficava desesperada para o molde secar rápido, mas aos poucos esse processo me ensinou a respeitar o tempo das coisas”, comenta. Dessa forma, passou a entender o conceito de estar presente e voltou a meditar, algo que a faz muito bem e que há anos não praticava. Descobriu que seus medos vêm da falta de presença.
Ao compartilhar experiências pessoais, a artista busca se aproximar do público e ajudar outras pessoas por meio de obras que provocam uma identificação imediata, já que tratam de assuntos universais que, de uma maneira ou de outra, atingem a todos. Nos dizeres da curadora Bianca Boeckel: “Não passei por um grande trauma na vida, o que não me impede de assimilar o que a artista relata e refletir sobre a minha própria trajetória. O trabalho da Gabi celebra a superação. Tem a dor, o trauma e a cicatriz, mas o que poderia ser pesado e sombrio foi transformado em beleza através da sua visão metafórica”.
Exposição: “entretempo”
Artista: Gabi Gelli
Curadoria: Bianca Boeckel
Abertura: 30 de março de 2019, sábado, às 19h
Período: 1º de abril a 8 de maio de 2019
Assessoria de Imprensa – Balady Comunicação – Silvia Balady / Zeca Florentino
Tel.: (11) 3814.3382 | (11) 99117-7324 – [email protected]
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